RECORDAÇÕES MIMOSENSES
1ª Parte
Conta o
autor: André Corrêa Porto, “Quando
estava com seis anos conheci Mimoso do Sul. Vindo de São Pedro do Itabapoana,
onde nasci, no dia 15/10/1939, filho de pais muito pobres, vindos da lavoura de café da fazenda “Alforges” esta
fazenda era do irmão de meu avô, Orbilho Machado e o nome do fazendeiro
Benedito Souza. Meus pais quando deixaram a lavoura, vieram para São Pedro, meu
pai veio trabalhar na Prefeitura, tempos depois foi transferido para Mimoso,
como Bombeiro, nomeado pelo município. O prefeito dessa época era o Sr. Jason.
Mimoso era como uma vila pacata, uma família de vizinhos; todos se conheciam e
respeitavam.
As crianças
quando passavam por uma pessoa idosa, pedia sua benção e o idoso os as
bençoavam. Era gostoso ver a banda de música tocando no coreto da praça, as
moças e os rapazes passeavam próxima a Estação da Leopoldina até a hora do
noturno passar, e depois todos voltavam para a praça principal, ficavam
contando cenas de filmes e bem mais tarde regressava aos lares para dormir. A
televisão ainda não havia.
O cinema, na
cabeça da ponte terminava o filme 22 horas. Lembro-me do comércio local, vou
apontar algumas casas de comercio, templos etc. “Casas Franklin”, Arca de Noé,
Nova Morena, Casa Luiz XV, Casa Simão,
Casa Leão, José Maria de Oliveira, Loja do Nicolau Nansur, Armarinho Mimosense,
Armarinho do Cirilo, Casa Kafuri, Casa Zaíra e outras que me foge da memória.
Os bares: Bar Guarani, esse era o ponto de encontro da juventude da época,
principalmente quando saíamos do cinema, servia um pão delicioso, o famoso pão
guarani, com leite batido e creme de ameixa, especialidade da casa, seu
proprietário era o Sr. Salvador Guimarães, marido de Dona Corina Bicalho, mãe
da professora Zoé. Recordo-me dos garçons: Nézio, e Álvaro, cujo apelido “amigo
da onça”. Também o bar Santa Terezinha, pertencente ao Sr. Antonio Valazques,
casado com Dona Zulmira, pais de Carlito Velazques, que jogava no Independente Atlético
Clube, (IAC) lembro-me da atenção dos empregados do bar, Francisquinho e
Juarez. Na copa trabalhava Deracy o (tia Chica). Na praça brilhava o hotel
Guarani, e, o Santa Terezinha na rua da estação ao lado do correio.
O Ponto Chic
era do Sr. Fernando, irmão do primo Neto, pai do Henrinquinho, seu primo Neto
era funcionário da prefeitura. O Bar do Sr. Otavio, pai do Jarbas e do capitão
Meleca. O Bar do Sr. Alfeu “Bar Vitoria”, onde se fazia os saborosos picolés de
frutas de Mimoso, feitos pelo Ademar, havia ainda outros bares, como: do Sr.
Alexandre Soares pai de Fábio e de Zequinha, onde se comia os melhores pastéis
da cidade. Do outro lado da ponte, o Boteco do Senhor Pipi, (hoje e o bar do
Sr. Albano), No final da Rua Victor
Leite ficava a máquina de beneficiar
café e arroz do Sr. Gil Leite.
Subindo,
havia a banqueta, onde nós, os garotos tomavam banho, muitas vezes perturbando
o sono do Sr. João Natti e do Sr. Delano. Motivado pelo calor escaldante uma
turma de rapazes amigos, fechava as comportas da banqueta, enchendo os tanques
e ao encher as máquinas começavam a
funcionar fazendo o maior barulho e a
gente saia correndo, e já era tarde da noite, entre as 22 e as 23 horas. O
Senhor João e o Sr. Delano, de saco cheio vinham desligar os maquinários.
Na mesma rua
tinha a fabrica de colchões em parceria dos Senhores Silvio Kok e Alfredo Kok.
Todos os
dias pela manhã eu ia ao curral do Sr. Gil Leite comprar o alimento, que era
servido com o café. Após alimentar-me saia para o trabalho, meu ponto de
engraxar sapatos ficava no bar Santa Terezinha. Também fazia bicos, vendendo
doces com porcentagens para a Dona Rosa, mãe de Dona Alice, esposa do Sr. João
Francelino, pai de Juarez, Maria, Nadir e Walter (borracha).
Pertenci
também a equipe vendedora de doces do Senhor Valdir casado com Dona Zizi,
Goiabada Vera.
A maioria
dos compradores de café nessa época ficava na rua da estação, eram eles:
Leonardo Duarte, Sebas Ananias, De Biase
Martins Teodoro e Antonio Leite.
Os armazéns
mais que sobressai: Chakib, Euclides, João Melo, Sadir, Sr. Guido Mareli,
Alexandre Belotti, Carlos Mendit e Clarindo Vivas, todas na Rua da Serra.
Na Vila da
Penha tinha as vendas do Sr. Brochado, dos Senhores Antonio Lopes e Antonio
Semensato.
Na Rua da
Estação: Sr. Ercílio Rocha e a do Sr. José Gropo, que era representante do
Querosene jacaré que também vendia gasolina, haja vista que não havia posto.
Existiam as
relojoarias dos Senhores: Enes Chebub,
Amim Lazegi.
As
farmácias, na Rua da Serra, Sr. Elias Minassa, Rua da Estação, Senhor Cristovão
e a do Sr. Cornélio, na Praça havia a do
Senhor
RECORDAÇÕES MIMOSENSES
2ª PARTE
Walter,
fechando; reabriu o Sr. Darci. E bem mais tarde, na Presidente Vargas a
farmácia do Senhor Darci de Oliveira,
inaugurada ainda as farmácias dos Senhores Dr. Cisne e de Demancor Pinheiro.
Os Bancos:
Banco Ribeiro Junqueira, Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco de Credito
Agrícola do Espírito Santo, cujo representante era o Senhor João Mariano que
também representava o LAPI e o LAPLEC.
As escolas:
Datilografia, dirigida por Dona Leonor Mariano, mãe de Dona Leda Mariano
(Advogada). Escola Monteiro da Silva, onde fiz o primário com os professores:
Clovis Monteiro e Dona Odília Oliveira Barreto, saudosa Dona Odila, O
Educandário Santa Izabel.
Ginásio
Estadual Monsenhor Elias Tomási. Havia também uma escola particular de Dona
Izaura, esposa do Senhor Lolô, com as mestras, Dona Odília, Elvira, Ciler,
Nair, Marieta Abreu, Dona Carmem, Carime, Josélia, Corina Bicalho
(Diretora), Helena Brandão, Zezé do Sr,
Euclides, Dona Manoelita, Zoé, Dona Lurdes Belotti e Dona Menaide.
Padarias: Do Senhor Felipe, Seu Dimas, Seu Abdo, do seu
Israel, Seu Valdomiro e havia uma na Vila da Penha.
Sapatarias, e selaria do Senhor Darcy Pires, sapataria e
selaria Vitória, do seu João Rangel e seu Valério. Sapataria do Antoinizinho e
do Marino, a Mestre Plínio e a do Senhor Machado, do seu Pedro e do Clarindo
Guedes e a do Derli, o (Môba)
Alfaiatarias,
do Senhor Nazário Acha, Sr. Valadão, a do Sr. Chiquinho e a do Bochecha.
Lembro-me
ainda do T.G. 109 (Tiro de Guerra, comandado pelo Sargento Loreto.
Fazendeiros,
cito alguns deles em minha época primaria: Senhores: Lauro Lemos, Joaquim
Miséria, Alcir, Chanca, Massaroni, Gil Leite, Ico, Cesar Paiva, Rubens Rangel, Aurélio
Taiule, Dona Idalina, Antonio Taiule,
Alfredo Tunholi, Elpidio, João,
Dedê, Senhor Jiló, Carlos Guedes, José Guedes, Joaquim Guedes, Antônio Cano,
Milton Gambôa, Baiardo Cisne, Clarindo
Lino, Orlando Terra Lima, Joaquim Perciano, Dionísio Costa, Coronel Antonio
Pedro.
Fabrica de
móveis, Antonio Vivas e seu Altino. A fabrica de estofados do Senhor Milton
Brandão, que funcionava onde foi à usina mexicana.
Alguns
funcionários que me recordo que trabalhava na Prefeitura Municipal:
Senhores: Nabor, João Lucio, Primo Neto,
Willham Minassa, Dedê Raimundo, Largatixa, Antonio Taiuli, Carlos Caçula, Carlos Tompsom, Coquito, Antonio Jardineiro, Manoel
Jardineiro, Calixto, Choxinho, Ercilio Borges, Correinha, (meu pai) Chico
Lixeiro, José Garcia, João Nicolau,
Manoel Ferreira. Esses são os que mais me identificavam, só lamento que muitos
deles deram a vida pela cidade e sequer existe uma ruela, sem saída, com uma
simples homenagem em seus nomes pelas ações de éticas e trabalho prestados a
população.
Igreja
denominação católica: Matriz São José, Capela de São Pedro, Capela de São
Sebastião, Capela da Vila da Penha, iniciando a história com Monsenhor Elias
Tomasi.
Evangélica,
a igreja Batista (Pastor Samuel) a
Metodista (Pastor Vilela) Testemunha de Jeová, Centro Espírita, na Presidente
Vargas e o templo Maçom, na Ladeira da Igualdade.
Futebol:? Os
Estádios “Sport Clube Ipiranga”, na Presidente Vargas, e o Independente na Rua
da Serra.
O Estádio do
Ipiranga era Coronel Paiva Gonçalves, e
o Independente era Doutor Roberto Calmom, que
também era o campo do Mimosense, fundado por Nelsom Mota,
Jogadores da
época: Elias Minassa, Totonho, Franco Bidodi, Jorge Vineron, Baco Baco,
Benicio, Gadióla, Vavá, Viola, Getulio Valadão, Danilo, Murilo, Careca, Orly, Carlito,
Velasques, Macedo, Massaroni, Borreti, Henrique, Carlitinho, Izak, Izaias,
Irezê, Carlinhos, Brochado, Gilô, Manoezinho,
Amador, Moloquete, Cizinho, Valdrizinho, Vivinho, Guaiú, Babá, Duquinha,
Zezé Mota, Jangada, Eduardo,
Juarez, Coelho, Grilinho, Maurilinho, Barriga, Barriguinha, Felipe, Macarrão,
Glauber, Marcilho, Ercílio Borges, José Antônio, Plininho, Zé Maria, Carlinhos
Pele, Tia Chica, Jurandir, Danilo, Calil, Aladir, José Saad, Barraca, Mandi,
Délio, Ktiba, Vespasiano, Olvidio, Pavão,
RECORDAÇÕES
MIMOSENSES
3ª PARTE
Os roupeiros
dos clubes de futebol eram do Independente seu João da Biquinha e seu Chico, do Ipiranga e Conó
. Do
Mimosense, Ítalo e Arlindo.
Os médicos:
Dr. Cisne, Dr. Lincom, Doutor Wilhan Acha, Doutor Cely, Dr. Juca, Dr. Jorge e Dr. Nelinho.
Pessoal que
prestavam serviço na Estação: Senhores: Amaro, Monsão, Barreto, Senhor
Domingos, pai de Zito, André, Seu Altamiro Magro, Duarte, meu tio, Onofre,
Senhor Mariano, pai do Borréti.
Construtores
de Obras: Josias Lapa, Seu Biana e seu Augustinho.
Fogueteiros:
Sr. Eduardo, e seu Tenga.
Bombeiro
Hidráulico: Correinha (Meu pai), Manoel, (Meu mano) seu Miguel Coelho e seu
filho Almir; Senhor Cardoso (Pai do Tuca e do Salazar.
Barbeiros da
cidade: Senhores, Antônio Piante, Amaral Torres, Raul, Anivaldo, Toninho, José
Canarinho.
Mecânicos:
Maneco, Miranda, Valdemar Gregor e Wiliam
Ítalo.
Com o tempo
Mimoso foi se transformando, Bernardinho Pim, filho de um radialista de
Cachoeiro de Itapemirim, trouxe para
o Município uma estação de Rádio, cujo prefixo era ZY026, Radio Difusora de
Mimoso do Sul, colaboraram com a rádio, Wiliam Ítala, Wilton Abirian, Cicinho Mainente, Samuel Cheideguer
Filho. Diretor: Bernardinho Pim.
A filha do
Sr. Cirilo coordenava o programa a “Hora do Ângelus” saudavam
os mimosenses e agradecia a Deus por mais um dia de trabalho
No final do
programa era apresentada as poesias de Dona Leonor Pereira, que intercalavam com outras
criatividades da terra mimosense, como: Conjunto musical “São João”
Administrado por João Biquinha e o Beija Flor do Bairro Vila da Penha,
apresentava também João Benedito da Silva com a sua sanfona de oito baixos.
Brilhava o Sr. Milton Pavão, que tocava valsa, acompanhado pelo capixaba Reno
Cisne e seus violões.
André Corrêa
Porto se emociona, lagrimas corre por sua face ao narrar a amizade que havia
entre ele e o pessoal que trabalhava na Estação: Senhores: Amaro, Monsão, Barreto, Domingos, pai do Zito e André, Altamiro
Magno, Duarte, meu amado tio, Onofre, Mariano, pai do Borréti.
Outros
cidadãos com seus serviços contribuíram com o crescimento da cidade.
Construtores
de Obras: Josias Lapa, Biana, Augustinho...
Bombeiros
Hidráulicos; Correinha, (meu grande amigo saudoso Pai), Manoel, (Querido
irmão), Miguel Coelho e seu filho Almir.
Senhor Cardoso, pai de Tuca e do Salazar.
Na parte da
mecânica os Senhores, Maneco, Miranda, Valdemar, Gregor e William Ítala.
Na época de
festas estavam presentes os fogueteiros: Eduardo,
(pai de Demerval), Eduardinho e o
Tenga.
Barbeariam
mais cobiçadas: Antonio Piante, Amaral
Torres, Sr. Raul. Anivaldo, Toninho e José Canarinho.
Havia
imigrantes que em época de carnaval colocava seu bloco nas ruas, e os nossos patrícios
turcos eram bastante animados que somavam se aos Libaneses e Árabes: Famílias:
Acha, Chebub, Lazégi, Abirian, Tomé,
Said, Baruk, Rachiid, Nicolau,
Os alfaiates
da cidade a todo vapor para atender seus clientes, e as vezes não davam conta:
Nazário, Chiquinho Careca, Buchecha, Valadão
e Antonio Coquinho. Recordo de outros amigos,
açougueiros:Ari, Antenor Machado, Ivo, Jorginho e do Sr. Domingos Gomes
do Aurinho Machado.
Coordenavam
as máquinas de beneficiamento do café. Gil Leite, Fernando Almagro no final da Vila
da Penha e outra na Pratinha que não me recordo de seu proprietário.
Nos dias
atuais temos o Sr. Joaquim, homem que serve de exemplo para qualquer cidadão preguiçoso
que acha que a vida não tem valor, então ele faz me recordar o s carroceiros do
passado: Bereda, José Coimbra, Moraes e Eli. Também posso
citar os compradores de aves e ovos: Otacilio Pereira, Alvino Torres, , Almerindo Torres.
Continua próxima edição
André Corrêa Porto
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