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Foto do acervo: RENATO PIRES MOFATI |
Para
descrever essa imensa sala
É necessário
dar uma volta ao tempo,
Em 1952 houve
um projeto de construção,
Rubens
Rangel, Jorge Acha e José Maria de Oliveira
Lideres que
criaram uma comissão,
Trabalho de sustentabilidade...
E Design,
Dentro da
política, ética e gestão.
Edificado o
prédio... Lindo!
Para a
estrutura da época,
Batizado
“Cine São José”
Com luzes
suaves e multicores
Não entravam
pessoas com bonés
E sem um
moderno par de sapatos nos pés,
A sociedade
rejeitava...
No outro cine Glória a classe ralé entrava.
Talvez não fosse
preconceito,
Víamos isso
no Lítero Clube Municipal,
E dos
Operários...
Descrevia
seu Estatuto pessoal,
As
colombinas eram até receosa
A participar
do grito de carnaval;
Mas voltamos
ao assunto
Dessa grande
sala cultural.
Faziam-se
filas
Para o
ingresso adquirir,
Mesmo com as
cadeiras de madeiras
O espectador
era feliz...
Aplaudiam a
coragem do mocinho,
Na defesa do
mais fraco pelo vilão,
E no fim do
seriado...
Na face de
cada um transpirava emoção.
Com o filme
tipo bang... Bang,
Para os
jagunços não havia perdão,
Delegados
cumpriam a lei,
Olho por
olho! Dente por dente!
Os
assistentes da tela aclamavam e murmuravam,
Outros
gritavam... Outros ainda riam e choravam,
E tinha
alguns que debochavam
Do fanático
espectador que sofria.
A
globalização estava entrando...
Os
televisores na cidade chegando,
Os vídeos
cassetes também somando
Para certa
classe ou quem tinha dinheiro sobrando.
As ruas, as
praças começaram a se esvaziar,
O lindo prédio
que não teve catraca,
Numa solidão
melancólica, só lhe restava
Trocar ou
arrancar-lhe a placa.
Não me
lembro, talvez tenha consultado a Mimoso
A troca que
iriam consumar
De cine São
José por um palco teatral,
Seria uma
nova propaganda para a cidade
E a Câmara
Municipal, Não demoraria muito
A cidade
mulher estaria na página de jornal,
Dando
suporte à influência política contornada,
Sua porta
ficou menos aberta! E mais fechada.
Mesmo
trocando as cadeiras de madeira
Por
poltronas totalmente macias,
Deram o
título Teatro Stênio Garcia,
Um filho da
terra! Lembrança fecunda...
Foi ao
encontro de um mundo novo
De aventura
atuante e não querer o mal a ninguém,
Se não pode
fazer tudo que deve
Ao menos
construir tudo que pode.
Vários
administradores executivos,
Tentaram
organizar resgate,
Mas o
concreto não acontece, os que defendem a cultura
Sentem
presos numa redoma de um iate;
A vinda de
artistas envolve sonho
Onde se
agita Drácula do império
São muitos
envolvidos num grande show
Desde a cozinha
e as arrumadeiras
A platéia
compreensão e rebeldia
Quando o
muro é atacado por grafiteiro,
E há
evidencias que os artistas
Não pode
impor seu legado só por causa do dinheiro.
Apesar de
tudo eu o conheço
Em programas
de televisão! Vi na minha Rua
Sendo
carregado pela uma enorme multidão.
Se não me
engano era época de eleição.
A TV mostra
diariamente a imagem do artista
Vale Apena
Ver de novo... Linda magia!
Sei que
nasceu em 28 de abril de 1923,
Tem uma
biografia valente...
Fez mais de
50 novelas...
Em diálogos
e paisagens excelentes.
Sua
primeira, As Minas de Prata,
Selva de
pedra, O Rei do Gado,
Duas Caras,
Torre de Babel
O Dono do
Mundo e Meu Bem, Meu mal.
No cinema
também foi o tal, no ódio e na dor,
Nos Longas
metragens no papel principal,
Eu, Tu, Eles
e Solidão, uma linda história de amor.
Que Rei Sou
Eu? E, um Feliz Final.
No teatro
teve seu papel,
Em diversas
peças sobressaltou,
Na terra que
ele nasceu,
Deixou fãs
apreensivos
Pela
preparação da cirurgia
E os ensaios
da peça não têm fronteiras,
Entre a
igualdade e a harmonia.
Ficou mesmo
em revisão a sua filmografia
Mas mesmo
assim a arte continua
Um vídeo nos
enviou...
Prometendo
visitar a mimosa mulher,
Ainda neste
ano...
Sua foto na
entrada destaca,
Vários
mimosenses com muita disposição,
Reuniu seus
acervos pessoais! Quem sabe fã clube, e,
Logo na
entrada! Livre exposição, mãos de obra
doada!
A platéia, em
expectativa de espera,
Mais uma vez
deve ser perdoada.
Certa
ocasião declarou Stênio Garcia;
“Não bebo,
não fumo, droga estou fora”,
Sua maior
felicidade,
É completar 82
primaveras, hoje... Agora,
Com toda
força e vitalidade,
Ter apagado
o nome “Cine São José”
E o nome
dele ter lhe dado.
Mas de
qualquer forma Stênio,
Feliz
aniversário.
É você... O cine ou o teatro.
Quem será homenageado?
Vale apena
conhecer os baús coletados,
Ter
identidade com a sua infância, sua vida, suas obras
Bem como os
troféus e os certificados.
Que no
próximo ano, na 2ª Semana Cultural
Você possa
estar aqui por inteiro
Recebendo
nosso abraço fraternal.
Quem sabe em
outras comemorações
Carnaval... Festa da cidade...
Ou até mesmo
no Natal!
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Maestro Silvio Barbanieri, Dr. Fernandez, Gilberto Braga, Alci e Minassa |
Só espero
que não induza
Que o poeta
seja radical.
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