sábado, 24 de julho de 2010

SEIS SONETOS ETERNOS - CELEIRO DOS ESCRITORES

Alci Santos Vivas Amado(01/11/1945) é poeta, historiador,
contista, cronista; filho de Alcebíades Lopes Amado e de
Odete Vivas Amado. Nasceu em Santo Antonio do Muqui –
Mimoso do Sul – ES, onde fez o primário; cursou o ginásio no
Rio de janeiro e o 2º grau na Escola Machado de Assis – RJ.
Cursos Profissionalizantes: Arquivista e Correspondente
Comercial pelo SENAC.
Publicou 3 livros: 1 de poesia e 2 de contos; organizou e
historiou “A Pastorinha” folclórico – com apoio do SEBRAE e
FAOP – Federação de Artes de Ouro Preto – MG. Participou em
2 livros, com diversos autores: “Antologia Escritores Brasileiros”
e “Galeria Brasil 2009”.
É membro efetivo da APOLO – Academia Poçoense de
Letras e Artes, e ocupa a cadeira nº 52. Atualmente escreve em
alguns sites e blogs, dentre eles:

www.poetas.capixabas.nom.br/

www.recantodasletras.alcisantos.com.br

http://mimosodosul.blogspot.com/


http://3encontrodafamiliaribeiro.blogspot.com/


http://mimosorecorda.blogspot.com/

www.apoloacademiadeletras.com.br


http://paracasais-encontroconjugal.blogspot.com

http://alsanviama.blogpot.com/
http://portaldoartista.asvamado.com


http://alciamadovivas.blogspot.com/


DO LIVRO SONETOS ETERNOS

CELEIRO DOS ESCRITORES


Vidas paralelas


Finais momentos de felicidade
Abraça-me com urgência,
Tristeza é mania de ansiedade
Examina tua consciência.

O teu descaso por mim foi perdoado
Não esquecerei um amor tão profundo
De súbito em nós despertado
laço forte, maior desse mundo.

Senta-te aqui, não sejas uma fera.
Conta-me os dissabores de tua vida
Não fiques assim, estou a tua espera.

Minha alma sente que é inevitável
Adeus! Peço perdão se te ofendi
Redime esse cupido miserável.



Vou te dizer adeus


Desejo poetar com clareza,
Esmiuçar sua intimidade...
Sentir o esplendor da saudade
Na tepidez de sua beleza.

Na adolescência, lhe chamava , tigresa,
E ainda trago o pudor, forte lealdade!
Mas falta-lhe sutil caridade
Que em mim te exalta, com certeza.

Hoje, não posso vê-la sozinha
E nem me sentir tão só,
Passado deserto, ao meu lado caminha

As rugas vão sulcando agora
Todo esse amor... A história,
Que em minha face, triste, descora.



O velho e o idoso


Afirmam que o velho é nocivo,
Ninguém gosta de envelhecer,
Juventude eterna é sonho de todo ser,
A idade, o rigor, nada é decisivo.

Velho não aceita a realidade nascida,
O idoso admite tal inovação,
Ambos levam a história da vida,
Ser velho aos 18 ou 70, depende da criação.

O profundo jamais envelhece,
Sentimento é o coração do ancião,
Carrega a coroa de glória em prece.

O velho vai ao encontro da miopia,
O idoso não se fecha para o amanhã,
Espírito jovem, semente de alegria.



Independência x comemoração


Faltam-nos Independência e esperança,
Quando não temos digna oposição.
Gasta mais do que arrecada, nada alcança,
É saco furado! Comemora vazia ilusão.

Dinheiro distribuído não estimula confiança,
O Homem não quer ajuda, grita por missão,
Necessita do anzol, trabalho árduo e andança,
Deus recomendou: O seu suor em troca do pão.

Falta-nos Independência e sobra impunidade,
Corrupção, privilégio, escândalo...
Apadrinhamento, mordomia e imunidade.

“Feliz a nação cujo Deus é o Senhor”,
Quem sabe na próxima comemoração,
O político seja ético e restaurador.



Amar é humano


Desejo namorá-la à moda antiga,
Beijar-lhe a face e a mão,
Você me fere me instiga
Faz do meu corpo um corrimão.

Trago flores à rainha do jardim,
Meu olhar brilha, meu amor lhe ofereço.
Você me alucina: Coitado de mim!
Perdi o freio, agora só resta o começo.

Você está linda! É assim que eu a vejo
Sobre o leito nupcial, vou lhe amar,
E sua boca exaltar com terno beijo.

Meu desejo você desprezou
No mais puro e santo momento
Mas em nossas vidas, um fruto ficou.



Por quê ?

Tudo em torno de mim é incerteza
Sem você, meu destino se evapora,
Com essa tepidez revelo só tristeza,
O meu amor puro mandou embora.

Por quê? Enamorei de sua beleza
Dos seus olhos, sua voz, leve e sonora,
Entreguei-lhe tudo! O afeto... Minha natureza,
Sem saber seu nome e, até, onde mora.

Por quê? Não me sai da memória
Muito sonhei construir consigo história
Morarmos numa cabana: linda e forte!

Sua ausência me fará crua saudade
Talvez só a esqueça na eternidade
Ou lhe amarei, mais ainda, após a morte.

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